O coco é uma das frutas mais populares do Brasil, principalmente nas regiões litorâneas. Ele e seus muitos derivados, como a água de coco, o óleo, a farinha e o leite, são importantes fontes naturais de gorduras saturadas, em especial de ácido láurico.

Apesar de ter ganhado grande popularidade por conta da sua água, que é muito nutritiva e benéfica para a saúde, um outro produto do coco vem ganhando muita visibilidade desde o início da década por conta dos seus diversos usos, o óleo de coco.

Extraído da polpa do coco fresco e maduro, ele, assim como a fruta no estado natural, é uma fonte natural de ácidos graxos insaturados (oleico e linoleico) e dos saturados, que consistem em basicamente 80% da sua composição.

Mas, o que torna o óleo de coco tão famoso?

O óleo de coco se tornou popular, atualmente, por conta de um possível efeito emagrecedor. Embora existam alguns estudos pequenos que tenham relatado a diminuição da circunferência da cintura relacionado ao consumo do óleo de coco, o que abre espaço para uma real discussão acerca do papel desse óleo num processo natural de emagrecimento, dentro de uma dieta, por exemplo, ainda não existe nenhum consenso médico que recomende o óleo de coco para este fim.

Assim, duas das associações mais importantes da área médica, a Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), posicionaram-se contra à prescrição médica do óleo de coco para fins de emagrecimento, visto que pouco se sabe sobre real eficácia da perda de peso nas dietas ricas deste produto.

Então, isso significa que o óleo de coco faz mal à saúde?

Não. Na verdade, existem poucos estudos relevantes acerca desse produto, por conta disso, não é possível afirmar efetivamente se ele é benéfico ou maléfico.

Contudo, a ciência já descobriu algumas informações sobre esse óleo, são elas:

Se comparado com outros óleos vegetais, aumenta o colesterol ruim, o que contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares;
Apesar de algumas pesquisas experimentais afirmarem que ele possui atividade antibacteriana, antifúngica, antiviral e imunomoduladora, esse óleo não deve ser prescrito como um nutriente antimicrobiano ou até mesmo como um imunomodulador;
Ele não possui efeitos emagrecedores comprovados e testados pela medicina, ou seja, não deve ser utilizado no tratamento da obesidade.

Para saber mais, procure a orientação de um especialista.

FONTES: Associação Brasileira de Nutrologia, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Associação Brasileira de Cardiologia e Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.